“Eu amo São Paulo”. Hoje começo minha crônica com essa frase
que ouvi na rua um dia desses, quando voltava do trabalho. Uma frase um tanto
quanto clichê, mas aplicada ao contexto no qual a ouvi até que é bem diferenciada. Um rapaz comentava com uma mulher, enquanto
ambos caminhavam e olhavam a beleza noturna da oriental Liberdade, mais
especificamente sob o viaduto da Avenida Liberdade.
Tal beleza, com todas as luzes, prédios, carros e seus
faróis, talvez não pudesse ser vista há 60 anos atrás. Para justificar o que
digo, indico uma crônica escrita por José Hamilton Ribeiro chamada “A noite tem
mil bandeiras“. Ok, confesso que estou utilizando um trecho da crônica dele -
que fala como a cidade de São Paulo era na época em que foi escrita – como base
pra escrever esse meu texto, falando da nossa iluminada São Paulo na
atualidade.
Porém, a verdade seja dita: não conheço muito bem a cidade,
então não posso falar amplamente a respeito dela. Mas vamos lá...
Quem anda durante o dia e durante a semana pelas ruas
centrais de São Paulo só vê correria, estresse, aquela preocupação toda com
trabalho, estudo ou coisas do gênero e nem sequer se preocupa em reparar no
mundo a sua volta, nos prédios erguidos, monumentos, semáforos personalizados
etc. Agora, quem caminha despreocupado por essas regiões, atento a esses
detalhes, consegue notar muita coisa boa, fora do padrão que estamos
acostumados. Dá até pra esquecer a “sujeira” da cidade.
E a diversidade cultural? Japoneses, coreanos, chineses,
bolivianos, americanos, portugueses, árabes. Turistas do mundo inteiro dividem
as ruas de Sampa praticamente o ano todo, fora de época, longe das férias e
isso bem antes da Copa.
E os próprios brasileiros, é claro! Os mais jovens – alguns
deles – com suas “disputas” na extravagância dos cabelos, multicoloridos,
exoticamente penteados, dividem as ruas da cidade – no bairro da Liberdade,
principalmente – nas diversas vezes que a cidade apresenta seus eventos de
anime, quando jovens e adolescentes se fantasiam de seus personagens favoritos.
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